Ex-prefeito de Queimados estaria de olho no TCE

Max Lemos seria o ungido de Picciani para ocupar um cargo de conselheiro

O “defunto” ainda nem esfriou e os detentores do poder no estado do Rio de Janeiro já começaram a se movimentar para colocar apadrinhados nas seis vagas que, esperam, deverão ficar abertas no Tribunal de Contas. Por enquanto auditores suprem as ausências dos conselheiros Aloysio Neves, Domingos Brazão, José Gomes Graciosa, Marco Antônio Alencar, Jonas Lopes de Carvalho Junior e José Maurício Nolasco, afastados dos cargos por 180 dias pelo Superior Tribunal de Justiça. Porém, a aposta é que nenhum deles retornará mais às funções e a partir disso já começaram as articulações, com pelo menos dois nomes sendo aventados na Assembleia Legislativa: o ex-prefeito de Queimados Max Lemos e o deputado estadual Paulo Melo, que desde 2014 vem sonhando com isso. Max, seria o escolhido do presidente da Casa, Jorge Picciani, um dos citados na delação premiada de Jonas Lopes e Paulo Melo é candidato de si mesmo, não tendo o aval da mesa diretora da Alerj nem do governador Luiz Fernando Pezão, que também já teria o seu ungido. Entretanto, quem teve de alguma forma informações sobre as delações de Jonas Lopes e seu filho, o advogado Jonas Lopes de Carvalho Neto, aconselha os apressadinhos a esperar um pouco mais, pois muita água turva ainda poderá passar por debaixo dessa ponte.

Enquanto Max Lemos foi prefeito o município de Queimados teve tratamento diferenciado por parte do governo estadual e ele próprio se gabava de ser “afilhado” do governador Sergio Cabral e do presidente da Alerj. Atualmente no cargo de secretário municipal de Governo, Max já é saudado por alguns como “futuro conselheiro”, mas ele mesmo estaria andando com pé atrás por conta das investigações abertas pelo Ministério Público Federal a partir das delações dos Lopes, pois um dos citados, é um amigo próximo, o empresário Mário Peixoto – que ainda detém contratos com vários órgãos estaduais e prefeituras – e é um dos maiores fornecedores de mão de obra terceirizada do país -, é apontado como sócio de caciques da política fluminense, como Jorge Picciani e Paulo Melo, que até pouco tempo jogavam no mesmo time.

De acordo com as delações dos Lopes, Mário Peixoto, que conseguiu mais de R$ 1 bilhão em contratos com o estado, era responsável pelo pagamento de um “mensalão” de R$ 200 mil aos conselheiros responsáveis por aprovar as contas das Organizações Sociais, o que segundo Jonas Lopes de Carvalho Neto, era feito em seu escritório de advocacia, mas na semana passada Peixoto, em declaração à revista Veja, negou tudo: “Quanto à informação de que eu teria pago qualquer coisa ao TCE, informo que não conheço e nunca estive com o conselheiro Jonas e não conheço nenhum conselheiro, portanto é mentirosa esta afirmação, eu nunca sequer estive no TCE”.

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