Ex-presidente da Câmara de Casimiro de Abreu é preso por corrupção

Alessandro Macabu de Araújo, o Pezão, é acusado de ficar com parte dos salários de assessores

Alessandro Pezão é acusado de ter ficado com parte dos salários dos assessores

O ex-presidente da Câmara de Vereadores de Casimiro de Abreu, Alessandro Macabu de Araújo, o Pezão (foto), foi preso nesta quarta-feira, por ordem do juiz Rafael Azevedo Ribeiro Alves, da Vara Única da cidade. Ele foi denunciado pelo Ministério Público por envolvimento em um esquema de apropriação indevida de parte da remuneração de cinco servidores nomeados em cargos de confiança e em função gratificada, entre 2013 e 2015. Hoje também foi cumprido mandado de busca e apreensão em casas de pessoas ligadas ao político, entre eles o ex-chefe de gabinete da Câmara, Jairo Macabu. Além de Pezão e Jairo o MP indiciou o ex-assessor especial da presidência, Wilson da Silva Oliveira Neto e a sogra do ex-chefe de gabinete, Divana Saturnino da Silva, que ocupava cargo em comissão e teria recebido salários sem trabalhar. Todos foram denunciados pelos crimes de concussão e peculato e associação criminosa.

Segundo foi apurado, Pezão obrigava cinco funcionários contratados do gabinete e repassar parte do salário recebido para ele próprio. Eles recebiam entre R$ 1,2 mil e R$ 5 mil e ficavam com até R$ 700, repassando o restante do valor para o ex-vereador, segundo o MP. Na ação a promotoria requereu o sequestro dos bens móveis e imóveis dos denunciados e o bloqueio de suas contas bancárias em valores acima de R$ 5 mil. O Ministério Público cita no processo que Jairo e Wilson eram responsáveis por recolher mensalmente parte da remuneração dos funcionários e repassar ao ex-vereador.

Para decretar a prisão preventiva o juiz sustentou a existência de indícios de tentativa de coação de uma das testemunhas que poderia confirmar o esquema. “A testemunha Bruno dos Santos Dias relatou ter sido procurado pelo cabo eleitoral de Alessandro Pezão, Roberto Cavaco, dizendo que ao chegar ao Fórum o mesmo seria procurado por um advogado da confiança de Pezão que lhe ajudaria nas respostas a serem dadas, para que o mesmo não fosse prejudicado”, pontuou o juiz.

 

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