Saúde deixa de ser prioridade em Casimiro de Abreu

Prefeito tira verba de hospital para “cultura”

Ao que tudo indica o setor de saúde – que deverá ser entregue à gestão de uma nova organização social – deixou de ser importante em Casimiro de Abreu, principalmente o Hospital Municipal Ângela Simões, onde têm faltado remédios e profissionais para fazerem o atendimento. Pelo menos é o que sugere um ato do prefeito Paulo Dames (foto), que acabou de abrir um crédito suplementar no valor de R$ 1,035 milhão para suprir despesas da Fundação Cultural do município, tirando este valor de verba que havia sido destinada no orçamento para o exercício desde ano ao hospital, que vive, segundo algumas lideranças locais, a maior crise de sua história.

O desvio do recurso para outra finalidade aconteceu dias depois de a Câmara de Vereadores, acatando um parecer estranho do procurador da Casa, ter rejeitado a formação de uma comissão de inquérito para apurar as péssimas condições verificadas no hospital.

Sem maiores explicações, como se não tivesse de dar satisfações aos moradores sobre o que faz ou deixa de fazer com os recursos da municipalidade, justificou a transferência como sendo necessária ao pagamento de auxílio e vantagens para os servidores, remuneração de pessoal encargos e gestão de creches, essa última dentro de um novo código de receita (20.07.12.365.0040.2.193). Entretanto, os recursos para despesas com pessoal já fazem parte do orçamento deste ano.

 

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