Meriti une suas forças pela paz

Em fevereiro, durante reunião no Palácio Guanabara, prometeu-se reforço para o município e em agosto de 2013 o prefeito Sandro Matos discutiu com José Mariano Beltrame, que insistia em não aceitar que os bandidos do Rio migravam para as cidades da Baixada Fluminense

Movimento quer discutir propostas que resultem em mais segurança na cidade. Uma delas sugere o fim das UPPs que tiraram os bandidos da capital e os mandaram para a Baixada e o interior do estado

Na próxima segunda-feira, a partir das 18h, pré-candidatos a prefeito de São João de Meriti, parlamentares do município, líderes comunitários e representantes do comércio e da indústria locais estarão reunidos na Câmara de Vereadores para a abertura do Movimento Meriti Pela Paz, oportunidade ao debate e a aprovação de propostas que possam vir ajudar no combate a violência. Sem cor partidária, o movimento vai avaliar, inclusive, uma sugestão que deverá gerar grande polêmica, o fim das Unidades de Polícia Pacificadora, um projeto de segurança pública que privilegiou alguns bairros do Rio e prejudicou os municípios da Baixada Fluminense, região que além de perder parte significativa do efetivo policial, foi invadida pelos bandidos que as UPPs tiraram dos morros e favelas cariocas.

 

“Nós vamos ouvir os representantes da sociedade civil organizada, reunir propostas e apreciá-las em plenário. Uma vez aprovadas, as ideias serão levadas às autoridades estaduais para que providências efetivas sejam tomadas”, explica o prefeito Sandro Matos, que no dia 12 de fevereiro deste ano ouviu, durante uma reunião no Palácio Guanabara, a promessa de que o efetivo do 21º Batalhão da Polícia Militar seria aumentado, mas em vez disso, o policiamento que era feito diariamente por 45 policiais, está hoje a cargo de 38 agentes.

Segundo dados oficiais, desde que as UPPs começaram a ser instaladas na capital fluminense, os batalhões da Polícia Militar da Baixada tiveram seus efetivos reduzidos em 320 homens, piorando uma situação já muito ruim. A migração de bandidos do Rio para a região afeta hoje a maioria dos bairros periféricos, mas nunca foi admitida pelas autoridades estaduais. Em outubro de 2013, por exemplo, o prefeito de São João de Meriti teve uma discussão com o Secretario de Segurança Pública e José Mariano Beltrame chegou a ser deselegante com Sandro Matos, que tentou alertar para o problema. No ano passado o Instituto de Segurança Pública (ISP) divulgou que a onda de crimes na Baixada Fluminense havia  aumentado 64% desde as UPPS, mas disse que isso “nada tem a ver com a pacificação das favelas”, argumento que irritou os prefeitos da região que cobraram ações efetivas da Secretaria de Segurança, mas nada tem acontecido neste sentido.

 

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