Situação em Itaguaí só piorou com a entrada do “salvador da pátria”

Dívida de R$ 200 milhões e penduricalhos na folha de pagamento

Apontado no início por um grupo de interesseiros como o homem que iria resgatar o orgulho dos moradores de Itaguaí, o “político limpo e confiável”, o “homem imaculado” que iria corrigir os erros do prefeito afastado, o então vice-prefeito Wesley Pereira assumiu o comando do município no dia 1 de abril de 2015, depois que a Justiça Federal decidiu pelo afastamento do prefeito Luciano Mota, acusado de comandar um esquema de corrupção na Prefeitura, com desvio de verbas destinada aos setores de Saúde e Educação. Agora, pouco mais após Wesley descer a rampa do poder, começam surgir evidencias de que o “redentor” piorou foi mais as coisas para os cidadãos itaguaienses.

Wesley Pereira deixou a rede de atendimento médico doente e dívidas que passam de R$ 200 milhões. São R$ 65 milhões com a folha de pagamento dos servidores, R$ 50 milhões com o instituto de previdência municipal, o Itaprevi e cerca de R$ 120 milhões em despesas empenhadas e não pagas, o que levou ao desespero funcionários, contratados e fornecedores.     

Mesmo com a folha de pagamento inflada, Wesley Pereira apresentou à Câmara de Vereadores um projeto de lei considerado eleitoreiro pela Justiça. Em julho do ano passado ele aumentou as gratificações dos servidores públicos, o que acabou lhe rendendo uma condenação na semana passada. A juíza eleitoral de Itaguaí, Bianca Paes Noto condenou o Wesley e seu companheiro de chapa, Aramis Brito, a oito anos de inelegibilidade. A magistrada citou em sua decisão que as gratificações foram concedidas sem que tivesse sido feita “qualquer estudo ou análise de impacto no orçamento”.

Envie seu comentário:

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *.