Saúde de Porto real está ‘’doente’’

Paciente com bolsa fecal estourada é exposto a constrangimento no hospital da cidade

O sistema de saúde de Porto Real, ao que tudo indica, está mesmo em estado terminal. Esta semana, um paciente sofreu constrangimento, e risco de contaminação, ao buscar atendimento no Hospital Municipal São Francisco de Assis. O idoso teria dado entrada por volta das 15h30 por causa do rompimento de sua bolsa fecal, um acessório de baixo custo, mas essencial para o tratamento de doenças do aparelho intestinal. Até o início da noite o doente encontrava-se sobre uma maca suja de fezes e sem o atendimento necessário, o que causou revolta na população que pede providências ao Ministério Público, já que a cidade estaria sem comando há algumas semanas por causa da ausência do prefeito Jorge Serfiotis e a vista grossa do presidente da Câmara de Vereadores, Gilberto Caldas, que já recebeu uma denúncia formal, mas tomou nenhuma providência.

O prefeito – que se encontra em tratamento médico – tem passado dias sem ir à Prefeitura, mas não solicitou licença para isso. O que se comenta em Porto Real é que o governo estaria sem comando e como causa disso há um colapso no setor de Saúde, que não disporia nem de uma bolsa fecal que custa R$ 10 a unidade. De acordo com usuários da rede, tem faltado vários itens de medicamentos na Farmácia Municipal, sem contar na falta de médicos, uma triste realidade que já virou rotina na cidade, um quadro bem diferente do que é propalado pelo marketing político do deputado Alexandre Serfiotis, morador de Porto Real, acostumado a disseminar postagens nas redes sociais se vangloriando dos recursos federais que chegam aos hospitais da região.

Sobre o caso do idoso, a Secretaria Municipal de Saúde emitiu nota oficial dizendo que o paciente foi prontamente atendido, o que é negado por familiares, que confirmam que ele chegou à unidade por volta das 15h30 e que até o início da noite permanecia com a bolsa estourada. “No hospital, o paciente chegou por volta de 15h30 e foi prontamente atendido pela enfermeira Fernanda e pelo médico Bruno, que providenciou a medicação contra dores abdominais e solicitou exame laboratorial de sangue. Após esta primeira abordagem o paciente foi encaminhado para o repouso. Neste momento, a enfermeira Fernanda se prontificou a ensinar como se faz a substituição da bolsa corretamente, mas a acompanhante do paciente precisou se ausentar por um breve período. Enquanto aguardava o retorno da acompanhante, a enfermagem recebeu da farmácia hospitalar uma nova bolsa de colostomia, de melhor qualidade e com presilhas (clamps), que facilitam a troca. Além disso, foi providenciada a higiene corporal do senhor José e a substituição da bolsa”, diz a nota.

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