Resende municipaliza UPA, mas não fiscaliza frequência ao trabalho

Usuários dizem que médicos chegam e saem a hora que bem entendem, não respeitando horário

Embora o município tenha na folha de pagamento profissionais ganhando até R$ 36 mil de salário, está faltando médicos na rede de saúde de Resende, cidade do Sul Fluminense. Quem diz isso são moradores do bairro Cidade Alegria que na noite do último sábado (17) deram por falta de clínicos gerais na Unidade de Pronto Atendimento, uma UPA construída pelo governo estadual e passada ao controle da Prefeitura. Revoltados, usuários do sistema municipal de saúde usaram as redes sociais para denunciar que três médicos que seriam primos do prefeito Diogo Balieiro, não teriam sido encontrados na unidade por quem buscou atendimento entre 18 e 19 horas e os profissionais que deveriam rendê-los também não teriam sido vistos até às 20 horas. “Das 18 às 20 horas só tinha pediatras trabalhando”, diz uma moradora.

A falta de médicos em algumas unidades de saúde não tem, na opinião de gente do próprio governo, pois existem profissionais de sobra, os salários são bons e estão em dia. É o caso, por exemplo, de cirurgião que seria caso com uma prima de segundo grau do prefeito, que. Com duas matrículas, tem uma remuneração bruta de R$ 36.483,27, vencimento quase 10 vezes maior que o salário base.

De acordo com usuários da Upa do bairro Cidade Alegria, os médicos estariam fazendo o que bem entendem, deixando a unidade sob o comando dos enfermeiros. “Não existe fiscalização nenhuma por parte do governo. Acho que o prefeito está esperando que alguém morra por falta de atendimento para só então tomar uma providência. Não foi para isso que votamos nele”, diz uma moradora revoltada.

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