Porto Real quer “exorcizar” fantasmas da Prefeitura

Sociedade quer a abertura da caixa-preta dos cargos comissionados na administração municipal

Quantos são, quanto custam aos cofres públicos, onde estão lotados e o que realmente fazem. São informações como essas que a sociedade gostaria de saber sobre os ocupantes de cargos comissionados, dados que a administração municipal da pequena Porto Real, cidade de cerca de 20 mil habitantes do Sul Fluminense, vem mantendo em segredo há anos e o que não se questionava antes está sendo cobrado agora do prefeito Ailton Marques (foto), vice que assumiu a prefeitura no último dia 29 de julho, por determinação da Justiça – um dia antes do falecimento do prefeito Jorge Serfiotis, diagnosticado com um câncer de pulmão no ano passado.

Um dos questionamentos da sociedade local é se o novo prefeito vai ou não abrir a “caixa preta” dos cargos comissionados da Prefeitura, que para algumas lideranças locais esconde uma espécie de celeiro de funcionários fantasmas, que supostamente pertencem à base de políticos da região.  Os supostos “espectros” do governo sempre foram tratados à boca pequena nas rodas de conversa por aqueles que temiam represálias, mas com a posse de Ailton Marques eles entraram no olho do furacão.

O que antes era ignorado de forma oficial agora passou a ser preocupação até da Câmara de Vereadores.  Na semana passada, por exemplo, Fernando Guimarães Santos, o Fernando do Rancho (PSB), que está no segundo mandato de vereador, apresentou uma indicação propondo ao prefeito um recadastramento do funcionalismo municipal, o que ele já havia tratado em uma reunião com o prefeito.

O que se comenta pelos quatro cantos da cidade é que já tem político de cabelo em pé com a possível faxina de Ailton Marques na folha de pagamentos da Prefeitura.

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