Câmara de Japeri gasta R$ 5,3 milhões

Mas não revela onde e em que o dinheiro do povo está indo parar

Há pouco mais de nove meses no cargo, o presidente da Câmara de Vereadores de Japeri parece ter aprendido rápido a esconder os gastos do Poder Legislativo, uma prática que já se tornou comum no município mais pobre da Baixada Fluminense. A exemplo de seus antecessores, Wesley George de Oliveira, Miga (foto), não disponibiliza as despesas da Casa no Portal da Transparência, o que impede o controle social garantido pela Lei Complementar nº 131/09, também conhecida como Lei da Transparência. Formada por 11 vereadores, a Câmara de Japeri tem mais de 30 cargos comissionados, fora a mão de obra temporária, mas os moradores da cidade não conseguem saber quanto isto lhes custa por mês e muito menos o destino dado a um orçamento de R$ 5,3 milhões.

O custo da Câmara passa de R$ 440 mil por mês – mais de R$ 330 mil só com pessoal – mas o site oficial da instituição não informa os nomes dos funcionários comissionados nem o valor dos salários, como também não revela as empresas prestadoras de serviços e fornecedores, os empenhos pagos, tipo e modalidade de licitação.

Na verdade, desde que o então distrito de Nova Iguaçu foi instalado como município – em janeiro de 1993 – que os gastos da Câmara de Vereadores são mantidos em segredo, mas hoje tem uma lei específica e esta vem sendo ignorada.

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