Quiosques de Rio das Ostras terão de ser desocupados até abril

Permissões foram anuladas após decisão judicial

Todos os quiosques públicos da orla de Rio das Ostras sob exploração de comerciantes permissionários terão de ser desocupados até o início de abril. A restituição ao controle do município foi decidida pela Justiça e uma nova licitação já está sendo preparada pela Prefeitura para novas permissões. Ao todo são 98 quiosques espalhados pela cidade e, segundo o procurador-geral do município, Renato Vasconcellos, a atual administração foi intimada, no início de 2017, a cumprir a decisão judicial e, para minimizar o impacto aos atuais permissionários, iniciou uma série de discussões com o Poder Legislativo. “Encaminhamos um projeto de lei à Câmara agora depois da alta temporada e a lei aprovada pelos vereadores resguarda a participação de pessoa física e também a exploração de um serviço de qualidade à população”, disse.

A decisão para os atuais permissionários desocuparem os quiosques já transitada em julgado, Não cabe mais nenhum recurso judicial e deveria ter sido acatada em 2016, mas a administração municipal vinha trabalhando no projeto de lei para a licitação desses espaços públicos e as novas regras para sua ocupação, o que é elogiado por grande parte da população aprova a decisão de licitar a permissão do uso dos quiosques. “Nunca entendi como é essa questão de ter um quiosque para trabalhar. Passei um tempo desempregado e pensei nessa possibilidade, mas, na época, me disseram que esses espaços já tinham dono. Graças a Deus estou empregado hoje em dia, mas acho justo que as pessoas tenham a mesma oportunidade de conseguir essa permissão para trabalhar. Se todos tiverem as mesmas condições, será uma disputa justa. A justiça está certa”, opinou Antônio dos Santos, morador do bairro Nova Esperança.

Para Verônica Brandão, moradora do Operário, a Prefeitura demorou para tomar essa atitude porque tem muita gente se aproveitando da situação, quando tem outras querendo realmente trabalhar. “É muito engraçado ver esse pessoal dos quiosques trabalhando durante o verão. Todos faturando porque é quando a cidade está cheia. No entanto, na baixa temporada, muitos estão fechados porque o rendimento não será como no verão. Poucos quiosqueiros trabalham o ano todo. Espero que agora, seja uma obrigação que o pessoal do quiosque abra durante todo ano”, disse.

A esperança de Ricardo Peixoto, morador de Costazul, é de que, com essa licitação, algumas mudanças sejam obrigatórias aos novos quiosqueiros. “A pessoa nunca pagou nada para utilizar o quiosque e se acha o dono. Em alguns casos, eles até terceirizam o espaço para ganhar um dinheiro de um bem que não é dele. Outro grande problema é que nenhum faz qualquer tipo de investimento na manutenção do espaço. Na revitalização da orla de Costazul, os quiosques foram reformados e hoje, muitos deles, estão caindo aos pedaços. Nem para manter o seu próprio negócio essas pessoas se preocupam. Preferem ficar na dependência total da prefeitura e ainda reclamam que o governo não faz nada. Acho justo que saia a licitação desde que tenham essas exigências de manutenção, por exemplo”, completou. 

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