Meriti: hospital de caridade vai entrar em obras

Sem condições de funcionar instituição filantrópica está sob intervenção da Prefeitura

Com o atendimento interrompido temporariamente, a Associação de Caridade Hospital São João de Meriti, mais conhecida como Hospital do Morrinho, vai entrar em obras dentro de 15 dias. A unidade será reformada e reaparelhada para melhorar e ampliar o atendimento. Foi o que afirmou nesta quarta-feira (9) o prefeito João Ferreira Neto, o Dr. João. “Até o final do ano nós vamos entregar o hospital municipalizado e com maternidade de primeiro mundo. O projeto está pronto, aprovado pela Caixa Econômica e pelo Ministério da Saúde. Após a reforma, o hospital vai funcionar com cirurgias de pequena e média complexidade, além da maternidade”, concluiu o prefeito.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, sete dos 13 pacientes que estavam internados no hospital foram removidos para as unidades de saúde do município. Os outros, com doenças crônicas, foram encaminhados para suas residências e receberão acompanhamento de equipe do Programa Melhor em Casa. Já as gestantes vão ser acolhidas nos hospitais estaduais da Mãe (Mesquita) e Adão Pereira Nunes (Duque de Caxias) e também no Hospital de Acari.

A Associação de Caridade Hospital São João de Meriti uma entidade filantrópica conveniada com a Prefeitura através do SUS e vem passando por uma série de dificuldades. Este ano unidade de saúde sofreu fiscalização da Vigilância Sanitária Estadual em função da morte de uma gestante. Em 2017 já tinha sido constatou uma série de irregularidades na infraestrutura do hospital, o que levou a Secretaria Estadual de Saúde a propor um Termo de Ajuste de Conduta, com um prazo de 45 dias, que não foi cumprido pela diretoria da instituição.

De acordo com a secretária Márcia Lucas, “a paralisação temporária das atividades se deu em função não só das péssimas condições das instalações, principalmente do Centro Cirúrgico, como também da necessidade de iniciar às obras, que serão custeadas com recursos enviados pelo governo federal”.

Além das precárias condições de atendimento em sua unidade de saúde, a Associação tem muitas dívidas trabalhistas, o que fez com que a Justiça determinasse um arresto em seu faturamento, o que acabou impedindo a instituição de receber recursos públicos por um período de quatro meses. Sobre as dívidas com os funcionários e fornecedores a Prefeitura informou que não tem responsabilidade sobre elas.

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