Anunciada como solução provisória, em 2017, para acomodação de alunos da Escola Municipal Professor Carlinhos, em Resende, a locação de containers já se arrasta por dois anos. Como se não bastasse o desconforto, os alunos agora convivem com as goteiras decorrentes de diversos furos espalhados pelos tetos destas caixas de lata, além do perigo iminente em razão do contato entre a água e a fiação elétrica…

Mas o que já era ruim acabou piorando depois que a Prefeitura mandou para o local uma equipe para fazer uma operação tapa-buracos nos containers, sem que houvesse isolamento da área. Inconformada, a mãe de um aluno conversou com o prefeito pelo whatsapp e o diálogo terminou em bate-boca, já que o moço não costuma demonstrar muita paciência quando é contrariado.

Israela dos Santos chamou a atenção do governante sobre os riscos de as obras estarem sendo feitas sem isolamento do local e cobrou o início das obras das novas salas de aulas, que segundo ela teriam sido prometidas para abril, além de sugerir que as benfeitorias poderiam estar sendo empurradas para perto da eleição, as chamadas “obras eleitoreiras”.

Em resposta, o prefeito, entre outras palavras, disse que “pressão só atrapalha” e que “obra em serviço público não começa no dia que queremos”. O que Diogo Balieiro Diniz não explicou, ou não quis explicar, são os motivos que o levaram a promover, a toque de caixa, uma enxurrada  de “reformas” em prédios públicos, onde fez questão de mandar retirar revestimentos de cerâmica de fachadas e de áreas sociais, o que foi custeado com o dinheiro do povo, para promover o azul marinho adotado pelo seu governo. Uma “prioridade” que, além de milhares de litros de tinta pagos com o dinheiro do contribuinte, custou caro a dezenas de crianças, como o filho de Israela, reféns das caixas de latas do prefeito, enquanto o governante pousava para fotos exibindo o azulão estampado nas paredes de prédios públicos.