Crise financeira passa longe da Prefeitura de Macaé

Receita de 2018 superou a previsão em cerca de R$ 480 milhões

 

Com cerca de 260 mil habitantes, segundo estimativa do IBGE, Macaé, no Norte Fluminense, continua sendo um dos mais ricos municípios do país. Enquanto a maior parte dos prefeitos fica contando centavos para fechar as contas, Aluizio os Santos Junior não pode alegar falta de dinheiro. No ano passado, por exemplo, a receita líquida foi estimada em R$ 1,890 bilhão – orçamento maior do que o de cidades como São Gonçalo e Nova Iguaçu, habitadas por mais de um milhão de pessoas –, mas a arrecadação chegou a R$ 2,370 bilhões, de acordo com dados do sistema que registra a receita e as despesas da administração municipal.

Se o Dr. Aluizio – como o prefeito é mais conhecido na cidade – não pode alegar deficiência de caixa para justificar eventuais problemas, contribuintes e servidores públicos não estão lá muito satisfeitos com a gestão do médico, que está cumprindo o segundo mandato consecutivo. Reclamam de problemas na rede de saúde, dizem que a cidade está mal cuidada. Em relação aos servidores, protestos contra cortes de benefícios acontecem desde 2017.

No passado os professores saíram às ruas reivindicando o pagamento das gratificações de Regência de Classe e de Difícil Acesso, previstas no Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos da Educação. Eles protestavam contra um desconto nos contracheques referente dos meses de novembro, dezembro de 2017 e janeiro de 2018, e contra as condições de trabalho e falta de reajuste anual de salário.

Este ano ainda não houve manifestações públicas, o que não significa dizer que a insatisfação tenha acabado, mas quando a receita essa vai muito bem, obrigado: a previsão da arrecadação líquida é de R$ 2.193.909.000,00, e até o dia 30 de abril já tinham entrado R$ 714.841.083,01 nos cofres da municipalidade.

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