Saúde de Mesquita já atende casos de doença falciforme no município

Hematologia passa a ser nova especialidade oferecida na policlínica municipal

 

O município de Mesquita, na Baixada Fluminense, já deu o primeiro passo para o tratamento da doença falciforme no município. A Secretaria Municipal de Saúde contratou profissionais especializados no assunto. Agora, a hematologia passa a ser uma nova especialidade da policlínica municipal da cidade, localizada no bairro Santa Terezinha. A informação foi dada pelo titular da pasta, Emerson Trindade, após reunião com representantes da Secretaria Estadual de Saúde (SES) na Clínica da Família Jacutinga.

“A doença falciforme pode estar em qualquer pessoa, mas ocorre principalmente na população negra. Em Mesquita, com cerca de 180 mil habitantes, temos por volta de 38% de população branca. Isso significa que aproximadamente 62% do nosso povo é composto por negros, pardos e indígenas. As desigualdades sociais não podem se refletir na Saúde, em torno de pessoas com doença falciforme. É para impedir que isso aconteça que o governo Jorge Miranda está investindo no tratamento próprio, dentro do nosso município”, avalia Cláudio Macalé, coordenador da Promoção de Igualdade Racial de Mesquita.

O que é –  Com a nova especialidade, o objetivo é que a Saúde de Mesquita esteja preparada para identificar, acompanhar, orientar e tratar dos pacientes com doença falciforme atendidos pela rede municipal. Durante o encontro promovido para o anúncio da novidade e dirigido aos gestores de Saúde do município, Márcia Alves dos Santos, da superintendência de Atenção Primária à Saúde da SES, explicou que a doença falciforme é causada pela presença de uma proteína. Trata-se da hemoglobina anômala, identificada como S, localizada nos glóbulos vermelhos do sangue (hemácias). É uma proteína responsável pelo transporte do oxigênio aos tecidos. Uma doença de natureza hereditária, ou seja, “de fundo etiológico genético”, como destaca Márcia.

Ela lembrou ainda que há necessidade de cuidar dessa política. “Essa luta é histórica e vem antes de nós”, frisa. Márcia citou estratégias essenciais, como a detecção precoce e o tratamento, vigilância e parceria comunitária, além de educação e pesquisa. Para isso, segundo a especialista, é preciso implantar uma linha de cuidado para combater a doença e reduzir os impactos da letalidade. “O Sistema Único de Saúde (SUS) previu essa situação, mas não observou lacunas no atendimento”, avalia Celso Verner, que acompanhava Márcia, junto com Izaide Ribeiro. Os dois também são especialistas no assunto e integrantes do setor de Gestão Participativa e Equidade da SES.

(Com a Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Mesquita)

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