Saúde a domicilio em Mesquita

Visitas em casa facilitam a vida de pacientes

 

Desde que as clínicas da família Dr. Jorge Campos, nos bairros Coréia e Jacutinga foram inauguradas, a acesso à saúde em Mesquita mudou. Além de garantirem atendimentos descentralizados para exames, consultas médicas e até recebimento de remédios, entre outros serviços, os moradores dos dois bairro contam com visitas domiciliares destinadas aos pacientes com dificuldades de deslocamento. É o caso de dona Maria Júlia, de 85 anos, moradora da Coréia. Ela já se acostumou a receber a equipe de saúde da família em seu próprio lar. “Seria muito complicado ir até eles. Primeiro, teria de chamar um carro para me levar e, mesmo assim, me esforço demais para subir e descer escadas”, conta ela, que mora sozinha.

Para atender pacientes como a dona Júlia, entram em ação as equipes multidisciplinares de saúde. Nelas estão médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e agentes comunitário de saúde. O cronograma prevê, no mínimo, encontros a cada dois ou três meses. “Mas se existe necessidade especial, como um curativo, nós adiantamos”, explica o enfermeiro Vitor Moreira.

Cada caso é avaliado e, para isso, é fundamental a atuação dos agentes comunitários de saúde. Eles ficam em contato constante com os pacientes e vão antes às casas deles, marcando e confirmando o atendimento. Além das consultas médicas, uma visita engloba desde verificação de pressão à coleta laboratorial para exames, curativos, aplicação de vacinas e outros serviços. “A gente conversa bastante, entende as necessidades do paciente e o que precisa ser feito. Além de garantir prevenção e tratamento adequado, criamos também uma relação de confiança que favorece o atendimento e aumenta a sensação de cuidado deles”, analisa Bárbara Perdigão, médica de família e comunidade da clínica Dr. Jorge Campos.

Essa relação de confiança pode ser confirmada por Dona Inez Ventura de Oliveira. Aos 75 anos, ela é moradora de Juscelino, na área geograficamente atendida pela equipe da Clínica da Família Dr. Jorge Campos. E precisa de cuidados especiais com uma ferida no pé. “A chegada da clínica da família facilitou demais a nossa vida. Eu sempre fui atendida pela saúde do município. Mas é claro que é melhor quando eles mesmos se lembram de vir me ver”, avalia.

Muitas das famílias atendidas pela equipe multidisciplinar das clínicas da família se encontram em situação de vulnerabilidade social. Por isso, a equipe conta ainda com apoio de uma assistente social, que pode ser chamada para as visitas. “Às vezes, a questão não é só a falta de informação. Existem pessoas que tentam se aproveitar da população mais idosa e nem sempre há parentes por perto. Precisamos garantir que o BPC esteja sendo dado a quem deve receber, por exemplo”, avisa a assistente social Eliane Alves.

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