Justiça analisa pedido de prisão de seis vereadores de Itaguaí

Vicente Cicarino Rocha, que já presidiu a Câmara, está na lista dos denunciados pelo Ministério Público

Eles são acusados de indicarem cabos eleitorais que recebiam salários sem trabalhar

A Justiça deverá se pronunciar esta semana sobre o pedido de prisão de seis vereadores de Itaguaí, feito na última sexta-feira pelo Ministério Público. Eles são acusados de indicar cabos eleitorais para ocuparem cargos de confiança na Prefeitura durante a gestão do ex-prefeito Luciano Mota, que também teve prisão solicitada pelo MP, que fez o mesmo em relação ao ex-secretário municipal de Administração, Fuad Sacramento Zamot. Ao todo a promotoria denunciou 121 pessoas, entre elas 112 funcionários fantasmas que recebiam salário entre R$ 5 mil e R$ 15 mil sem efetivamente exercerem as funções.

De acordo com o que foi apurado, os vereadores Marcos Aurélio de Souza Barreto, Márcio Alfredo de Souza Pinto, Vicente Cicarino Rocha, Eliezer Lage Bento, Silas Cabral e Roberto Lúcio Espolador Guimarães foram responsáveis pela maioria das indicações e ficavam com parte dos valores pagos aos nomeados, que durante depoimento não souberam explicar as funções que supostamente exerciam. “A maioria dos favorecidos com os desvios nem mesmo conseguiu descrever que atividades desempenhavam na Prefeitura, alegando que trabalhavam em funções bizarras, como fiscalização de ilhas, monitoramento visual de postes de iluminação, verificação do volume de águas de cachoeiras, controle dos buracos das ruas da cidade ou até medição da temperatura da água dos bebedouros das escolas municipais”, cita a denúncia.

As investigações apontam que o ex-prefeito, o ex-secretário Fuad Sacramento e o ex-diretor de Informática da Prefeitura, David Brites Macedo, desviaram R$ 1,2 milhão para o pagamento dos fantasmas entre janeiro e março de 2015.

 

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