Nem por ordem judicial

Edson Mangefesti e Antonio Marcos ainda não começaram a expor os gastos da Saúde. Por que será ?

Prefeito de Casimiro de Abreu continua escondendo os gastos da Saúde

Embora o juiz da Vara Única de Casimiro de Abreu, Rafael Azevedo Ribeiro Alves, tenha determinado liminarmente que o prefeito Antonio Marcos Lemos e o secretário Edson Mangefesti passassem a cumprir a Lei da Transparência, divulgando os gastos relativos ao funcionamento e manutenção da rede municipal de Saúde, a Prefeitura continua escondendo os números, deixando a população sem saber como e que os recursos destinados ao setor estão sendo aplicados. A dupla Antonio Marcos e Mangefesti não externa, por exemplo, os valores pagos pelo fornecimento de medicamentos e materiais básicos, alimentação, locação de veículos e, principalmente as faturas pagas com dinheiro do Fundo Municipal de Saúde ao Instituto de Gestão e Humanização (IGH), contratado em 2013 para gerir parte da rede, ao custo inicial de R$ 55 milhões.

A falta de transparência em relação ao dinheiro da Saúde levou o vereador Bruno Miranda a recorrer à Justiça, já que, além de não disponibilizar os números no sistema da Prefeitura, o governo tem se negado a responder os requerimentos com pedido de informações aprovados pelo plenário da Câmara. Pela decisão liminar a administração municipal teria que veicular no Portal da Transparência as despesas do setor em um prazo de 15 dias, mas até ontem o governo não havia iniciado a postagem dos dados.

De acordo com os números oficiais, entre janeiro de 2014 até o dia de ontem a receita consolidada no período era de R$ 560.922.669,87 e os gastos diretos do governo somavam R$ 460.028.853,37. A conta não bate, deixando uma diferença de mais de R$ 100 milhões, possivelmente pela falta dos números correspondentes aos gastos da Secretaria de Saúde, os quais o prefeito e o secretário parecem querer continuar mantendo em segredo.

Segundo os dados oficiais, a receita de 2014 somou R$ 273.413.992,05 e os gastos diretos do governo, sem os números da Saúde, passaram de pouco mais de R$ 207 milhões. No ano seguinte a receita caiu para R$ 192.235.384,29 e os gastos diretos somaram R$ 161.539.216,53, enquanto que entre janeiro até ontem a receita consolidada de 2016 estava em R$ 95.273.293,53 e os gastos em R$ 90.972.807,26.

 

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