MP poderá pedir anulação do concurso de Rio Bonito

Solange resolveu suspender o resultado do concurso depois das denúncias de irregularidades

Resultado foi suspenso depois de denúncias de irregularidades

Marcado por denúncias de irregularidades e por um suposto vazamento de informações privilegiadas sobre questões da prova objetiva, o concurso público realizado em setembro pela Prefeitura de Rio Bonito poderá ser alvo de uma ação judicial visando a sua anulação. O resultado final foi suspenso pela prefeita Solange de Almeida depois dos protestos feitos por candidatos classificados fora do número de vagas (400) oferecidas no edital e da decisão do Ministério Público em abrir inquérito para apurar denúncias de que pessoas ligadas a membros do governo e a vereadores teriam sido beneficiadas. Entre os aprovados nos primeiros lugares estão o secretário de Administração Marco Aurélio Ferreira da Silva e a esposa dele, Claudia Helena Miguez Moraes de Britto, aprovados para as funções de fiscal de tributos e técnico em contabilidade, respectivamente.

Em nota oficial a Prefeitura informou que “em razão das supostas irregularidades denunciadas nos diversos meios de comunicação, o Concurso Público está suspenso por prazo indeterminado”, até “que a Justiça e o Ministério Público apurem os fatos e tomem as decisões cabíveis”. Quanto ao inquérito o MP confirmou que as investigações estão em andamento e que a apuração corre sob segredo de justiça. Entretanto, na lista de aprovados dentro do número de vagas imediatas estão pessoas amigas da prefeita da cidade; um cunhado, a irmã e um filho do prefeito de Itaboraí, Helil Cardozo; o vereador Aguinaldo Leite Coutinho Junior, de Tanguá (não reeleito), vários parentes e amigos do presidente da Câmara de Rio Bonito, Reginaldo Ferreira Dutra, o Reis e o titular da Secretaria Anti-Drogas, Felipe Paixão Borbone.

Para alguns candidatos, o concurso foi um jogo de cartas marcadas, uma espécie de ação entre amigos promovida para beneficiar um grupo que teria sido escolhido a dedo pelo grupo político que governa a cidade.

Contratada para realizar o processo seletivo, a empresa Consulpam Assessoria não fez nenhum pronunciamento sobre as denúncias de irregularidades, tendo optado até agora pelo silêncio.

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