Coleta de lixo vai continuar na base da “emergência” em Angra

Em 2015 parte da frota da coleta de lixo a serviço da Prefeitura de Angra dos Reis foi apreendida

Adiamento de licitação beneficia empresa que já teve até parte de seus caminhões apreendida por falta de documentos, pneus carecas, lanternas quebradas e, reclamam os moradores “presta um péssimo serviço”

Operando no município na base do contrato emergencial, a empresa Libano Serviços de Limpeza Urbana, Construção Civil, com sede em Duque de Caxias, ganhou mais um fôlego para continuar fazendo a coleta de lixo em Angra dos Reis sem licitação. Em janeiro deste ano ela foi notificada pela Prefeitura pela precariedade dos serviços prestados e em fevereiro seu contrato foi cancelado, mas, também alegando “emergência”, o prefeito Fernando Jordão contratou uma substituta, a Inova Ambiental, que não passou de um mês em atividade no município. Uma decisão judicial determinou o retorno da Libano, que usa um nome fantasia, Limppar. O fôlego dessa vez foi dado pelo Tribunal de Contas do Estado, que suspendeu a licitação que estava marcada e determinou que sejam ajustados vários itens na planilha de custos, que tem o valor global de cerca de R$ 40 milhões. De acordo com o relatório assinado pela conselheira substituta Andrea Siqueira Martins, o serviço de coleta de lixo em Angra dos Reis vem sendo prestado por sucessivas contratações diretas por emergência desde 2012.

A atuação da Limppar em Angra dos Reis tem sido marcada por greves desde 2014, protestos por atraso de pagamentos e várias ações trabalhistas. A última greve aconteceu em janeiro deste ano, paralisação que causou muitos transtornos aos moradores. Alegando descontinuidade na prestação do serviço, a Prefeitura cancelou o contrato e anunciou, no dia 16 de fevereiro, a empresa Inova Ambiental como substituta, a partir de um novo emergencial, uma contratação por 180 dias, no valor de R$ 14.919.998,58. Um mês depois a Limppar obteve duas vitórias na Justiça, uma na 1ª Vara Cível da e outra do Tribunal de Justiça.

Greves e ações trabalhistas a parte, a empresa tem outra marca negativa: a falta de manutenção da frota e o fato de colocar em operações caminhões sem o devido licenciamento.  Em agosto de 2015 três caminhões da Limppar foram apreendidos pela Polícia Rodoviária Federal por trafegarem em péssimas condições e sem a devida documentação.

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