Multiprof poderá voltar à Silva Jardim com outro nome

Terceirização de mão de obra deverá custar R$ 16 milhões por ano. Licitação será sexta-feira

Está marcada para a próxima sexta-feira (11) a licitação na qual será escolhida a empresa ou cooperativa que ficará encarregada de oferecer mão de obra a diversos setores da Prefeitura de Silva Jardim, mas alguns interessados estariam encontrando dificuldades para retirar o edital para se habilitarem no certame. O que se comentava nesta segunda-feira nos corredores do poder é que, seriam grandes as chances de a Cooperativa Multiprofissional de Serviços retornar ao município. A Multiprof atuou em Silva Jardim na gestão do prefeito Marcelo Cabreira Xavier, o Marcelo Zelão que, no ano passado, foi condenado a oito anos de inelegibilidade em processo movido pelo Ministério Público por compra de votos, uso da máquina administrativa e oferecimento de empregos nessa cooperativa.

De acordo com o aviso de licitação publicado em um jornal de circulação local no dia 31 de julho, os envelopes com as propostas serão abertos às 10h e o Pregão 59/2017 visa a contratação indireta de merendeiras, auxiliares de serviços gerais, recepcionistas, vigias e pessoal de apoio operacional pelo regime CLT, com valor global estimado em R$ 16.252.206,24.

Essa será a segunda contratação de fornecimento de mão de obra feita pelo prefeito Anderson Alexandre. No primeiro mandato dele a terceirização foi feita através da empresa General Contractor, gerando várias denúncias ao Ministério Público, dando conta de que o contrato teria sido feito para abrigar cabos eleitorais do prefeito e dos vereadores da base de sustentação do governo, repetindo o que ocorreu na gestão de Marcelo Zelão, que ao ser condenado arrastou consigo à inelegibilidade dos ex-vereadores Flávio Eduardo de Brito, Robson Oliveira Azevedo, o ex-vice-prefeito e ex-secretário de Educação Fernando Bastos e até um suplente José Américo da Conceição.

Em 2012, mais precisamente no dia 27 de setembro, o Ministério Público e a Polícia Federal fizeram uma operação de busca e apreensão na Prefeitura, na Câmara de Vereadores e no escritório local da Multiprof, onde foram apreendidos documentos das pessoas contratadas para trabalharem na campanha eleitoral daquele ano.

 

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