PF vê superfaturamento no contrato da iluminação em Cabo Frio

Três grandes contratos feitos pela Companhia de Serviços de Cabo Frio estão sendo investigados

A cidade paga quase o triplo do valor contratado por municípios bem maiores. Empresa é a mesma contratada, também sem licitação, em Casimiro de Abreu

Guarulhos tem mais de 1,3 milhão de moradores e gasta R$ 140 mil por mês com a manutenção da iluminação pública. A cidade da Região Metropolitana do estado de São Paulo, em relação a esse serviço, foi usada como exemplo pela Polícia Federal para confrontar os números relativos a um contrato firmado pela empresa Hashimoto Manutenção Elétrica e Comércio com a Companhia de Serviços Públicos de Cabo Frio (Comsercaf), autarquia municipal, cujo presidente, Claudio Moreira, foi preso na semana passada. Cabo Frio, segundo o IBGE, tem cerca de 190 mil moradores, mas paga à Hashimoto R$ 508 mil mensais. Moreira é apontado pela PF e o Ministério Público como chefe de uma organização criminosa que teria sido montada para cometer fraudes na Comsercaf.

Para a Polícia Federal não há duvidas de que o contrato entre a empresa e o município mais populoso da Região dos Lagos apresenta excessos, o que deverá ser esclarecidos na investigação que está em curso, pois há suspeitas de fraude na licitação feita pela Comsercaf para manter a Hashimoto operando na cidade por pelo menos mais um ano, depois de um contrato emergencial feito em janeiro e depois renovado.

Se o gasto com a manutenção da iluminação pública em Cabo Frio está sendo considerado absurdo na comparação feita Polícia Federal com o município de Guarulhos, o que pode ser dito em relação a Casimiro de Abreu, que tem menos de 50 mil moradores e contratou a mesma Hashimoto por R$ 366.715,32 por 90 dias, o que dá um gasto mensal de R$ 122.238,44, pouco menos que o valor pago pelo município de Londrina (PR) – também citada como exemplo pela Polícia Federal – que tem mais de 480 mil habitantes e paga R$ 130 mil mensais pelo serviço?

 

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