Maior lixão da América Latina encerrou as atividades

Área é vizinha ao Parque Nacional de Brasília

Criado na inauguração da capital federal e considerado o maior vazadouro de lixo da América Latina, o Lixão da Estrutural foi desativado ontem, após quase 60 anos em funcionamento. A área, que tem cerca de 200 hectares, fica próximo ao Parque Nacional de Brasília e a cerca de 20 quilômetros da Esplanada dos Ministérios. “Não podíamos conviver com uma ferida aberta em plena capital do país, como o Lixão da Estrutural, onde seres humanos buscavam sustento de forma indigna, colocando a vida em risco; isso será parte do passado desta cidade”, disse o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, no Aterro Sanitário de Brasília que passará a receber cerca de 2,7 mil toneladas de resíduos sólidos.

O encerramento das atividades do lixão estava previsto para o segundo semestre de 2017, mas foi adiado após diálogo com os catadores de material reciclável. O valor pago às cooperativas por tonelada de resíduos separada nos galpões de triagem, vai passar dos atuais R$ 92 para até R$ 350. Além do que receberão pela venda do material reciclável, como forma de compensar os catadores pela redução da demanda de resíduos, os profissionais cadastrados das cooperativas que trabalharem nesses galpões terão direito a uma ajuda financeira temporária de R$ 360,75. “Essas medidas somam uma média de R$ 1,2 mil por mês para os catadores que trabalharem entre quatro e seis horas por dia”, disse o governador.

A inclusão dos catadores também abrange a contratação de cooperativas para prestar serviços de coleta seletiva. Atualmente, das 30 regiões administrativas (RAs) do Distrito Federal, 17 são atendidas por coleta seletiva. De acordo com Rollemberg, a coleta deverá ser ampliada para todas as RAs até o final do ano.

 

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