Rio já é o segundo maior produtor de flores de corte do Brasil

Pelo menos 85% de toda a produção do estado é fruto da agricultura familiar. (Foto: Divulgação/Projeto Florescer)

O setor gerou mais de 18 mil empregos e movimentou R$ 160 milhões no ano passado

 

A produção de flores no estado do Rio gerou mais de 18 mil empregos e movimentou R$ 160 milhões em 2017, segundo o Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor). Entre os municípios produtores, o destaque é Nova Friburgo, responsável por 60% de toda a produção estadual. As condições climáticas da Região Serrana possibilitam a consolidação do setor, que se fortalece ainda com a modernização de técnicas de cultivo. Nova Friburgo, por exemplo, tem 220 agricultores, que produzem anualmente 16,5 milhões de maços de flores, o que representa cerca de R$ 130 milhões. A geração de renda e empregos reflete o estímulo dos programas Rio Rural e Florescer, ambos da Secretaria de Agricultura. Por meio desses programas, os produtores têm acesso a cursos de capacitação, orientação técnica, financiamento e intercâmbio com outros estados. “Com o financiamento, o agricultor mudou a estrutura de produção, investindo em sistema de irrigação e compra de mudas. Há alguns anos, a produção do Rio era pouco diversificada, somente com palmas e rosas. O produtor hoje acessa novas tecnologias”, explicou a coordenadora do Programa Florescer, Nazaré Dias.

Aproximadamente 85% de toda a produção do estado é fruto da agricultura familiar. São pequenas propriedades rurais nas quais a família faz todo o trabalho. Quanto à comercialização, 90% são vendidas no mercado interno. No caso das flores de corte, as vendas dentro do próprio estado garantem uma qualidade superior para o produto, pois não há a necessidade de transpor longas distâncias entre a zona produtora e o mercado consumidor. “O Rio de Janeiro também vende para outros estados alguns tipos de flores, como as tropicais, por dispor de climatologia mais adequada do que os concorrentes. O fato de ser o segundo maior mercado consumidor do país facilita o escoamento da produção”, explicou o engenheiro agrônomo e gerente de floricultura da Emater Rio, Martinho Belo.

A modernização do cultivo também fortalece a produção. Um exemplo é a técnica de fertirrigação, considerada mais eficiente e econômica, pois utiliza água no transporte de nutrientes à planta, além de reduzir em até 30% a quantidade de fertilizante. O cultivo protegido é outro recurso muito utilizado pelos agricultores do estado. “O cultivo protegido possibilita o controle de variáveis climáticas como temperatura, umidade de ar, radiação solar e vento. Esse controle se traduz em ganho de eficiência produtiva e equilibra as finanças, possibilitando a continuidade do trabalho. Das 35 estufas que tenho, como astromélias, lírios, chuvas de prata e gérberas, pelo menos 90% vão para venda”, disse o produtor Vadith Chamboudet.

 

 

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