Desvio de salário de assessores em Guapimirim passa de R$ 600 mil

Segundo denúncia do MP os pagamentos eram feitos em dinheiro pela presidência da Câmara, mas alguns recibos não tinham assinatura dos funcionários

 

Com prisão preventiva decretada no dia 23 de julho, o ex-presidente da Câmara de Vereadores de Guapimirim, Marcelo Prado Emerick, o Marcelo do Queijo (foto), é apontado pelo Ministério Público como responsável por um rombo de R$ 627.577,32 nos cofres públicos. Segundo o MP ele apropriou-se de quantias destinadas ao pagamento de assessores da Casa, que pagava os servidores efetivos através de cheques administrativos e os servidores em dinheiro, devendo esses assinar o contracheque e devolver como prova do recebimento. De acordo com a Promotoria, o ex-presidente era o responsável direto por esses pagamentos, mas alguns recibos não eram assinados nem devolvidos, o que, para o MP, “caracteriza o desvio dos recursos”.  Ainda segundo o Ministério Público, Marcelo deixou de devolver cerca de R$ 100 mil, dinheiro recebido como adiantamento.

A denúncia do MP foi apresentada à Justiça no dia 3 de julho e 20 dias depois Marcelo teve a prisão decretada. O ex-presidente – que foi afastado em setembro de 2012, durante a operação Intocáveis, responde a um processo por improbidade administrativa que foi ajuizado em janeiro do ano passado na 2ª Vara de Guapimirim. Nessa ação o MP denuncia sete retiradas de valores expressivos de contas da Câmara, todas feitas por Marcelo, tendo como justificativa o pagamento de pagamento de pessoal.

A ação contra o ex-presidente da Câmara é assinada pelos promotores de Justiça Patrícia do Couto Villela, André Luis Cardoso e Adriana Silveira Mandarino.

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