Improbidade pode custar caro a prefeito e ex-prefeitos de Valença

Justiça já decretou indisponibilidade de bens em ação movida pelo MP

 

Um contrato firmado em 2009 para terceirização de mão de obra na rede de saúde de Valença e prorrogado nos anos seguintes pode custar caro ao atual prefeito da cidade, Luiz Fernando Graça, ao ex-vereador Paulo Cesar Jorge, o Paulinho da Farmácia e ao prefeito de Rio das Flores, Vicente Guedes, que chegou a governar Valença, mas foi destituído do cargo pela Justiça Eleitoral. Os três são réus em ação de improbidade administrativa e tiveram os bens bloqueados para garantir o ressarcimento aos cofres públicos em caso de condenação, mesma situação de Hélia de Carvalho Parrini, representante da filial da Cruz Vermelha em Barra do Piraí, que faturou alto no município sem nem precisar vencer um processo licitatório sequer.

O processo 0009299-08.2017.8.19.0064 tramita na 2ª Vara de Valença e nele também figuram José Rogério Moura de Almeida Filho, ex-presidente do Conselho Diretor da Fundação Educação D. André Arcoverde, gestora do Hospital Escola Luiz e o ex-secretário de Saúde Thiago José Gomes Faria. .

Pelo que consta na ação, a Cruz Vermelha Barra do Pirai e Hélia Parrini tiveram a indisponibilidade de bens decretada até o valor de R$ 2.388.112,48 para cada um; Luiz Fernando Furtado da Graça até R$ 351.792,37;  Vicente Guedes até o valor de R$ 1.596.579,65 e Paulo Jorge Cesar R$ 439.740,46. No caso de Guedes ele recorreu para liberar sua conta bancária, alegando que o valor que nela é depositado corresponde a seu salário e que depende desse dinheiro para viver. A Justiça então determinou que ficasse retido mensalmente a soma correspondente a 30% dos vencimentos dele.

O Cruz Vermelha vinha sendo criticado desde que foi firmado, apontado como um grande escoadouro de dinheiro público, consumindo recursos que poderiam ser aplicados para garantir melhores salários e condições de trabalho para os médicos e pessoal de apoio que realmente trabalham.

O ex-vereador Paulo Cesar Jorge está no processo porque – assim como Luiz Fernando Graça – assumiu a Prefeitura interinamente.

 

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