Itatiaia: Grupo Locanty continua se dando bem com morosidade na licitação do lixo anunciada em 2017 pela Prefeitura

No dia 29 de novembro do ano passado, diante da matéria Licitação do lixo continua “dormindo” na gaveta em Itatiaia, o prefeito Eduardo Guedes da Silva, o Dudu (foto), teria rido antes de dizer que já tinham sido cumpridas as exigências do Tribunal de Contas do Estado e que o edital da concorrência seria publicado imediatamente, mas até ontem (28), não havia sido disponibilizado nenhum aviso de licitação para o serviço de coleta de lixo. Diante disso quem deve estar rindo, e muito, são os controladores da Rio Zim Ambiental, empesa que vai continuar faturando no município sem precisar vencer um processo licitatório. Em 2018, por exemplo, a empresa – sucessora da Locanty e da Própria Ambiental na cidade, firmas de um mesmo núcleo familiar –, recebeu 24 transferências no total de R$ 6,4 milhões…                

Além de não ter disponibilizado ainda aviso ou edital de licitação para coleta de lixo, a Prefeitura também não mostra o contrato firmado com a empresa, o que impossibilita saber quanto o município vem pagando por cada tonelada de lixo recolhido na cidade, quantos equipamentos são usados e o número de trabalhadores envolvidos no serviço.

A Prefeitura chegou marcar a licitação do lixo para agosto do ano passado, mas o processo foi suspenso pelo Tribunal de Contas do Estado, que apontou irregularidades no edital e determinou que fossem feitas as devidas correções. Não se sabe se isso já foi realmente feito, pois ainda não foi tornada pública nenhuma informação oficial nesse sentido.

O fato é que os erros no edital foram apontados há um ano e cinco meses, tempo mais do que suficiente para que fossem corrigidos e a licitação realizada.

E Câmara, para que serve? – No dia 21 de maio do ano passado, na matéria Tudo junto e misturado em Itatiaia, o elizeupires.com chamava a atenção relembrado o fato ocorrido em 2014, quando o então presidente da Câmara de Vereadores e hoje prefeito prometera apurar denúncias de tráfico de influência, falsidade ideológica e fraude em licitações feitas em relação a um contrato para o serviço de limpeza urbana firmado na gestão do prefeito Luis Carlos Ypê, com a empresa KM de Resende. Dudu não só não apurou nada como decidiu manter em sua gestão pessoas citadas no caso.

A empresa hoje é outra, mas a omissão é a mesma: até agora a Câmara de Vereadores não se manifestou para saber por que a Prefeitura está demorando tanto para concluir o processo licitatório do lixo anunciado em 2017.

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