Serventuários são investigados por fraude processual em Magé

Casos envolvem ex-prefeita da cidade e quatro advogados

 

Além da ex-prefeita de Magé, Núbia Cozzolino e quatro advogados que atuavam na defesa dela em processos em tramitação na área cível, servidores do Poder Judiciário também estão sob investigação. Prova disso é que na última sexta-feira (15), agentes do Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção, do Ministério Público, em conjunto com a Corregedoria do Tribunal de Justiça do Rio, realizou a Operação Resgate Final para apreender processos e outros documentos em domicílios de serventuários da Justiça lotados na Comarca de Magé.

O MP está apurando extravio de documentos, fraudes processuais, falsificação e adulteração de sentenças e peças do Ministério Público, além de arquivamentos sem determinação judicial. Os agentes fizeram buscas em residências de servidores que exercem ou exerceram funções de chefia de serventia na 1ª Vara Cível da Comarca de Magé e nos cartórios distribuidores de Magé e de Vila Inhomirim.

“O caráter rotineiro das fraudes permite inferir, com alguma segurança, que houve colaboração interna para a prática dos crimes. Afinal, estamos falando de atos praticados em processos com cerca de uma década de diferença, havendo atos de diferentes datas. Não há como não crer que, se não houvesse conivência, os atos teriam sido evitados ou ao menos descobertos anteriormente”, diz o pedido de busca e apreensão.

De acordo com o Ministério Público, em buscas anteriores o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado encontrou parte de processos “em poder dos particulares beneficiados pelas adulterações – em especial a ex-prefeita de Magé Núbia Cozzolino” e, para os promotores, “os serventuários são possivelmente coniventes com o esquema criminoso”.

(Com informações divulgadas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro)

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