Prefeitura de Resende quer gastar até R$ 1,1 milhão em aluguel de computadores, mas poderia economizar a metade comprando

A Prefeitura de Resende está disposta a pagar até R$ 1,128 milhão pela locação de 200 micro-computadores que podem ser comprados no varejo. Uma pesquisa feita neste domingo (10) via internet em empresas especializadas, mostra que o equipamento básico, com as mesmas especificações do edital do Pregão Presencial N.º 07/2019 – marcado inicialmente para o dia 6 de fevereiro e remarcado para o dia 22 deste mês – pode ser montado ao custo de R$ 2.760,00 a unidade no varejo, o que aponta uma economia de R$ 568 mil se a administração do prefeito Diogo Balieiro optar pela compra em vez do aluguel, já que pelo valor máximo estimado no edital cada computador alugado irá custar R$ 5.640,00.

Acostumado a propagandear economicidade com o corte de “contratos desnecessários”, o prefeito desta cidade do Sul Fluminense deverá ter dificuldades para justificar perante a população por que pretende desembolsar até R$ 1.159.200,00 dos cofres públicos para alugar 200 computadores e 10 nobreaks pelo prazo de 24 meses, conforme está no edital do processo licitatório.

Segundo o documento, ao final da locação, o valor pago com o dinheiro dos contribuintes por cada computador poderá chegar a R$ 5640, valor quase duas vezes maior do que o preço de mercado de uma máquina nova com as mesmas especificações exigidas pela Prefeitura.

No mesmo edital consta a locação dos 10 nobreaks por até R$ 7.200,00, o que representa R$ 720 por unidade, aproximadamente três vezes mais caro do que a compra de alguns modelos existentes no mercado com a mesma capacidade cobrada no certame.

Como o argumento de que o aluguel milionário seria “mais vantajoso” não está “colando” entre os moradores – que também cobram do prefeito explicações sobre a possível extinção das fanfarras das escolas municipais, que, ao custo bem menor do que os “computadores de Balieiro”, beneficiaram ao longo de décadas milhares de jovens destas unidades de ensino, pelo cunho artístico, cultural e social que representaram, e representam, na vida das comunidades – o povo já está com a pulga atrás da orelha com o prefeito.

O aluguel dos computadores parece ter sido outra bomba que caiu sobre Resende no intervalo de poucos dias. Na semana passada, a aparição de um suposto fantasma, nomeado por Balieiro no início de 2017, foi denunciada pelo programa TV Alerta, da Band Interior, comandado pelo jornalista Serginho Mauro. Na reportagem, funcionárias de três secretarias da Prefeitura afirmam desconhecer o assessor Rafael Rego de Paiva, morador de Volta Redonda e supostamente ligado ao ex-prefeito Antônio Francisco Neto – que teria sitiado uma ala do governo de Balieiro – o suposto fantasma estaria embolsando aproximadamente R$ 7 mil por mês sem dar as caras na Prefeitura.

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