Resende licita quase R$ 4 milhões em combustíveis por 12 meses

Gasto previsto é suficiente para dar 187 voltas ao redor da Terra

 

Com uma população de 126,9 mil habitantes, segundo dados do IBGE divulgados em 2017, a cidade de Resende, no Sul Fluminense, parece andar mais do que o tamanho de suas pernas, pelo menos é o que se percebe pelos últimos editais da Prefeitura para aquisição de combustíveis. Para se ter uma ideia do tamanho do “gargalo” com o abastecimento dos veículos da administração municipal, o pregão presencial 204/2018, homologado no dia 28 de junho do mesmo ano, prevê a aquisição 498 mil litros de gasolina até junho de 2019, quantidade suficiente para abastecer um carro popular para rodagem de 7,47 milhões de quilômetros aproximadamente, algo equivalente a 187 voltas ao redor do planeta Terra.

A cidade de Marília, no Estado de São Paulo, tem 237 mil habitantes de acordo com o IBGE, portanto quase o dobro da população de Resende. Apesar disso, a cidade do centro-oeste paulista gastou 290 mil litros de gasolina em 2018 para o abastecimento da frota da Prefeitura, pouco mais da metade do que foi licitado em Resende. Mas a “sede” da gestão do prefeito Diogo Balieiro Diniz pelos combustíveis não para por aí, já que atualmente, segundo informações do Portal da Transparência, outras duas licitações realizadas em 2018 (383 e 401) para aquisição de combustíveis encontram-se homologadas e somadas à licitação 204 totalizam R$ 3,78 milhões em apenas um ano.

A Rodogás Posto Presidente aparece como vencedora nas concorrências relacionadas à licitação 204/2018. No total, serão quase R$ 3,658 milhões para aquisição dos 498 mil litros de gasolina, 330 mil litros de óleo diesel e 2 mil litros de etanol. Já a licitação 383/2018 foi vencida pelo Posto Embaixador ao custo de R$ 17.845 mil para os cofres públicos por cinco mil litros de óleo diesel. A outra licitação, 401/2018, também foi vencida pelo Posto Embaixador ao preço de R$ 107 mil reais para o bolso dos contribuintes resendenses, para custeio de 30 mil litros de óleo diesel.

O que já está sendo chamado de “farra dos combustíveis” nas rodas de conversa dos observadores mais atentos de Resende está causando mais um eco contrário ao discurso de moralidade que o prefeito tenta disseminar na opinião pública local. Para piorar a barra do chefe do Executivo local, o teor dos contratos assinados por Diogo Balieiro Diniz não estão explícitos no Portal da Transparência, mas o que já está claro é que o discurso de “economicidade” propalado pelo moço anda cada vez mais difícil de ser emplacado pela maioria da população.

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