Depois de Núbia, MP quer mais dois ex-prefeitos longe da Prefeitura

Medida cautelar nesse sentido foi pedida à Vara Criminal de Magé

 

No compasso da Operação Terra Prometida I, realizada em janeiro de 2016 – no âmbito de inquérito aberto para investigar um esquema de fraude em licitação que teria causado prejuízo de R$ 22 milhões aos cofres públicos de Magé –, o Ministério Público está estendendo as investigações para desbaratar o esquema que pode ser bem mais amplo. Agora, na Terra Prometida III, foi apresentado à Justiça pedido de medidas cautelares contra os ex-prefeitos Anderson Cozzolino, o Dinho, e Rozan Gomes, vice-prefeito de Núbia Cozzolino, que assumiu em setembro de 2009 e ficou menos de 10 meses no cargo, saindo para que Dinho, então presidente da Câmara de Vereadores, sentasse na cadeira de prefeito.

Para não requerer “medida mais gravosa”, a prisão preventiva, o MP pediu o comparecimento “mensal e obrigatório” dos dois à Vara Criminal de Magé; proibição de ingresso nas dependências da Prefeitura de Magé – “notadamente em repartições relacionadas a procedimentos licitatórios e contratos administrativos” –; proibição de ausentarem-se do município sem autorização; apreensão de passaportes, além de suspensão do exercício de funções públicas, inclusive cargos comissionados, durante todo o processo.

O Ministério Público pede ainda, que caso as medidas cautelares sejam descumpridas pelos dois ex-prefeitos, o juízo criminal de Magé decrete a prisão preventiva.

As mesmas medidas cautelares foram impostas à ex-prefeita Núbia Cozzolino em processos nos quais ela é acusada de fraude processual, com falsificação de documentos públicos. Núbia voltou a ser presa na última sexta-feira (24), dessa vez por ter mantido em seu escritório 459 processos administrativos da Prefeitura.

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