MPF cobra providências contra violência religiosa na Baixada

Procurador se reunião com governador aconteceu sexta-feira

 

O Ministério Público Federal (MPF), por meio do procurador da República Julio José Araujo Junior (foto), se reuniu com o governador do estado do Rio de Janeiro Wilson Witzel para pedir providências no combate à violência nos casos de intolerância religiosa contra comunidades de matriz africana na Baixada Fluminense. Entre os encaminhamentos da reunião, definiu-se a realização de um encontro com as lideranças religiosas do povo de santo e a adoção de medidas de reparação e responsabilização pelo governo em relação aos episódios já ocorridos.

O procurador relatou informações contidas no inquérito civil público que tramita na Procuradoria da República em São João de Meriti e mencionou as medidas que o MPF vem adotando para não só promover a liberdade religiosa e a valorização das comunidades de matriz africana, mas também assegurar a segurança e o respeito à vida de seus integrantes. Destacou que o governo do Estado precisa oferecer respostas para garantir tranquilidade aos grupos, uma vez que há um cenário de muita preocupação e intranquilidade.

Também esteve presente na reunião o Babalawô Ivanir dos Santos, interlocutor da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR), representação civil no tema. Ele destacou o histórico de ódio religioso e ressaltou a necessidade de que o Estado ouça os representantes das comunidades, de forma a mostrar sua presença e indicar a realização de medidas.

Na reunião, o procurador entregou ao governador o relatório nacional sobre intolerância religiosa produzido pela Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, fruto de pesquisa do procurador da República Jaime Mitropoulos, onde a Baixada Fluminense ocupa posição de destaque nesse tipo de violência.

Na última quarta-feira (29), o MPF já havia se reunido com o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), o deputado estadual André Ceciliano, para também tratar dos casos de intolerância religiosa contra comunidades de matriz africana na Baixada Fluminense. Na reunião, ficou definido que será realizada nova reunião na próxima semana junto à Secretaria de Polícia Civil para acompanhar a estruturação do órgão no enfrentamento de tal prática.

Amanhã (3/6), o MPF realiza encontro com o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (RJ), Luciano Bandeira, para tratar do mesmo tema.

(Com a Assessoria de Comunicação da Procuradoria da República no Rio de Janeiro)

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