Deputados debatem amanhã contrapartidas do Rio no plano fiscal

Governador quer agilizar adesão ao programa de recuperação dos estados e municípios

Sancionado na última sexta-feira pelo presidente Michel Temer, o plano de recuperação fiscal que vai ajudar estados e municípios a saírem da crise vai ocupar nesta segunda-feira boa parte do tempo do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (foto). Ele vai se reunir com sua base de apoio na Assembleia Legislativa para tentar sensibilizar os deputados sobre a necessidade de agilizar a adesão ao programa. Durante a semana serão encaminhados à Alerj os projetos que contemplam as contrapartidas do governo federal ao plano aprovado, entre eles o aumento da contribuição previdenciária dos servidores estaduais, que passaria de 11% para 14%, e a venda de Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio, a Cedae.

Na última semana, ao participar de encontro na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o governador falou do plano sancionado pelo presidente Temer. “Ele prevê que teremos um acordo com a União para não pagar dívidas durante três anos, não sofrer bloqueios e garantir a previsibilidade do salário do servidor. São R$ 62 bilhões em três anos e acho que os deputados estarão sensíveis a isso. O que o servidor mais quer é ter seu salário em dia”, ressaltou na ocasião.

Para Luiz Fernando Pezão, “a consequência mais importante da aprovação do plano será a regularização do pagamento dos salários dos servidores ativos, inativos e pensionistas. “Vocês acham que eu quero atrasar o salário de um aposentado? É cruel, eu sofro tremendamente. Enquanto não resolver isso, não vou sossegar”, acrescentou.

Sobre a necessidade da reforma da Previdência do estado e da consequente elevação das alíquotas de contribuição, o governador disse que é fundamental para o reequilíbrio fiscal não só do Rio, mas da maioria dos estados. “Não podemos brincar, fazer demagogia nesta hora, com toda a dificuldade, toda a crise. Tenho 440 mil funcionários ativos e inativos e 16 milhões de pessoas clamando por mais segurança, saúde, educação. Fizemos todo o dever de casa. O custeio da máquina do Executivo retornou a 2010. Mas é preciso esforço de todo mundo, o Estado não pode ter ilhas”, afirmou.

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