Esvaziamento do MDB no Rio está caindo na conta dos Picciani

Sem comando no Rio, a legenda está “fazendo água” desde a prisão de seu “dono”

O MDB fluminense tem mesmo um dono e por isso está se apequenando. É o que pensa muita gente de peso na legenda. Tanto que, nos próximos dias, muitos deverão estar se desfiliando, aproveitando a janela que está aberta desde a última quinta-feira (8), permitindo a troca de partido sem o risco de perda do mandato. Deputados, suplentes e e ex-prefeitos estão de malas prontas e alguns deles não escondem o motivo. “O partido está sem comando. O presidente está preso (Jorge Picciani) e o vice (Marco Antonio Cabral) não manda nada. Então os Picciani acham que o MDB é mesmo propriedade particular e fazem o querem, pensando só em si mesmos”, diz um descontente, que não ‘engole’ o fato de Leonardo Picciani não aceitar distribuir os muitos cargos que o pai ainda tem na Assembleia Legislativa e em órgãos estaduais.

 

Para o descontente, a saída de Eduardo Paes para o PP, que pode se confirmar nos próximos dias, “vai ser um golpe fatal”. Com ele vão Pedro Paulo e vários outros. “Se lembra do Bateau Mouche (barco que naufragou no réveillon de 1988, matando 55 pessoas)? Pois é. É MDB do Rio hoje”, compara.

Em 2014 o MDB elegeu oito deputados federais, puxando uma aliança que reuniu  PP, PSC,  PSD e  PTB, mas este ano trabalha-se com a estimativa de três, no máximo. Em relação à Assembleia Legislativa acredita-se que das 15 cadeiras conquistadas sobre entre e cinco e sete, mas com nomes bem diferentes dos atuais, que terão de se virarem por recursos para a campanha, pois o comando nacional já avisou que na hora de distribuir o dinheiro do fundo partidário vai priorizar os deputados federais.

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