Teresópolis vai eleger o oitavo prefeito em 10 anos

TRE vai marcar pleito suplementar para substituir Mário Tricano

Vivendo a maior crise política de sua história e passando por uma grande crise financeira, Teresópolis, município da região serrana do estado do Rio de Janeiro, vai escolher, provavelmente em três meses, um novo prefeito. Até lá a cidade será governada pelo presidente da Câmara de Vereadores, Pedro Gil (foto), empossado quarta-feira (4), no lugar do prefeito eleito em 2016, Mário Tricano, que teve o registro de candidatura cassado pelo Plenário do Tribunal Regional Eleitoral, medida que atingiu também o vice-prefeito Darcy Sandro Dias. Pedro é o sétimo político a governar Teresópolis desde a eleição do petista Jorge Mário Sedlaceke, em 2008. Jorge teve o mandato cassado em novembro de 2011, acusado do desvio das verbas repassadas pelo governo federal para as obras emergenciais, depois das enchentes que afetaram toda a região em janeiro de 2010.

Tricano e Sandro vinham se sustentando nos cargos por força de uma liminar concedida pelo Tribunal Superior Eleitoral. A dupla vacância foi declarada pelo TRE, uma vez que Mário desistiu do recurso que havia impetrado na última instância da Justiça Eleitoral, pois tinha certeza que perderia o processo. “Diante da dupla vacância dos cargos em questão, impõe-se a realização de eleições suplementares, nos moldes do art. 224, caput e §3º, do Código Eleitoral, em data a ser oportunamente designada por esta Corte Regional”, redigiu o presidente do TRE, desembargador Carlos Eduardo da Fonseca Passos, no ofício enviado à 38ª Zona Eleitoral.

Nos últimos anos o município teve três prefeitos cassados e um morto. Jorge Mário foi substituído pelo vice-prefeiro Roberto Pinto, que faleceu de infarto 24 horas após ter tomado posse. Com a morte de Roberto o então presidente da Câmara de Vereadores, Arlei Rosa, assumiu a Prefeitura, foi reeleito e em outubro de 2015 teve o mandato cassado, sendo substituído por Marcio Catão, vice que em janeiro de 2016 perdeu a cadeira para Mário Tricano, que conseguiu no TSE uma decisão validando os votos obtidos no pleito de 2012, no qual Arlei fora declarado eleito.

Em outubro do ano passado, alegando motivos pessoais, Tricano pediu licença do mandato e o vice Sandro Dias assumiu o governo até o retorno de Mário, que agora, diante de uma derrota inevitável na Justiça, jogou a toalha, deixando o cargo livre para o presidente da Câmara, o sétimo prefeito desde 2009, que governará até a escolha do oitavo governante em dez anos.

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