Carlos Augusto está fora da disputa em Rio das Ostras

Ex-prefeito anuncia que vai recorrer ao TRE, mas abre mão de candidatura

Vinte e quatro horas após a juíza da 184ª Zona Eleitoral, Anna Karina Guimarães Francisconi, ter rejeitado seu pedido de registro de candidatura, o ex-prefeito Carlos Augusto Balthazar (foto) desistiu de disputar a eleição suplementar de Rio das Ostras, marcada para o próximo dia 24. Ele afirmou que vai recorrer ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), mas não será mais candidato. “Tenho certeza de que reverterei a situação em instância superior e que venceria a eleição, mas prefiro ficar de fora para evitar a judicialização do pleito, o que só prejudicaria a cidade”, disse Balthazar, que ainda não decidiu se vai lançar um substituto ou se apoiará um dos candidatos já lançados.

A desistência da candidatura foi comunicada à população em um vídeo divulgado no final da noite de ontem (8), no qual ele critica, sem citar nomes, os que, segundo ele, tentam ganhar na marra. “Rio das Ostras precisa ter a tranquilidade de decidir o seu futuro sem a insegurança de pendências judiciais que só fazem mal ao nosso município. Sempre fiz campanha mostrando meu trabalho e apresentando propostas. Nunca ataquei ninguém. Nunca fui à Justiça. Sempre venci no voto, mas sempre fui perseguido por adversários que tentam vencer na marra. Meu propósito é cortar pela raiz o mal da judicialização que tanto já prejudicou a nossa cidade e poderia prejudicar de novo, tanto na eleição quanto no curto mandato de prefeito de pouco mais de dois anos. Os nossos adversários não desistem dessa prática. Insistem em impedir você de exercer o direito a um debate e a uma livre escolha. Nesse momento estou colocando os interesses de nossa cidade acima de qualquer projeto político”, disse Carlos Augusto na gravação.

Carlos Augusto foi cassado há dois meses pelo Tribunal Superior (TSE), que, em novo entendimento, ampliou para oito anos uma pena de três anos de inelegibilidade, imposta por ele ter participado de um culto em ações de graças pelo aniversário da esposa durante a campanha eleitoral de 2008, quando foi reeleito. Carlos Augusto foi eleito no dia 2 de outubro de 2016, apenas três dias antes de completar os oitos anos da inelegibilidade ampliada e a própria decisão do TSE diz que ele poderia disputar o pleito suplementar. Tanto é assim que no pedido de registro para a nova eleição o Ministério Público deu parecer pela homologação da candidatura, mas mesmo assim a juíza da cidade decidiu pela impugnação.

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