Disputa pela presidência da Câmara vira caso de polícia em Italva

Vereador pede que seja apurado um suposto esquema de compra de voto

 

Valorizada com o processo de cassação da prefeita Margareth de Souza Rodrigues, a Margarete do Joelson, a disputa pela presidência da Câmara de Vereadores de Italva, pequeno município do Noroeste Fluminense, virou caso de polícia. O vereador Alcirley de Campos Lima registrou no Ministério Público e na Delegacia Policial da cidade uma queixa crime, para que fosse apurado um suposto esquema de compra de votos, para que o atual presidente da mesa diretora da Casa, Claudinei Melo, permaneça no cargo. Cassada em primeira e segunda instância, Margareth pode ser afastada do cargo a qualquer momento e isto acontecendo quem assume o governo interinamente é o chefe do Poder Legislativo.

No documento protocolizado na última terça-feira (4), Alciley – que pretende concorrer à presidência da Câmara em eleição que deverá ocorrer até o próximo dia 15 – narra que ele e os vereadores Jocimar Machado Soares, Anivaldo Santos Andrade, José Nilton da Silva Santos e Antônio Elias Figueiredo firmaram uma aliança com vistas a formação de uma chapa para compor a Mesa Diretora para o biênio 2019-2020. Segundo ele, após a aliança ter sido divulgada, “iniciou-se uma série de especulações no meio social de que haveria uma intensa oferta de altos valores de dinheiro” para que o atual presidente permanecesse no cargo.

“Tem-se, todavia, que logo após a protocolização do mencionado documento teve notícia de que foi oferecido dinheiro para a compra do voto de pelo menos dois dos vereadores subscreveram a chapa registrada pelo ora noticiante, cuja soma de dinheiro assusta: 100 mil reais pelo voto”, diz um trecho do documento.

A prefeita e o vice Bruno Silva de Souza tiveram o registro de candidatura cassado em dezembro do ano passado pelo juiz eleitoral local, Rodrigo Pinheiro Rebouças, que julgou processo captação ilícita de votos. A decisão foi confirmada por unanimidade pelos membros do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em sessão realizada no dia 10 de outubro. Margareth recorreu, mas a expectativa é de que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mantenha a sentença e marque uma nova eleição.

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