Vereador de Italva quer assoviar e chupar cana ao mesmo tempo

Entrou na Justiça para atuar na Câmara e na Prefeitura simultaneamente

 

Contrariado com a realização de uma eleição para nova composição da mesa diretora da Câmara, o prefeito interino de Italva – município do interior fluminense – Claudinei de Souza Mello (foto) recorreu à Justiça para tentar retornar à Casa e participar da votação. O pedido esquisito do político foi negado pelo juiz Rodrigo Pinheiro Rebouças, da Vara Única do município. Mello queria anular a eleição vencida pelo vereador Alcirley de Campos Lima e o direito de participar de uma nova votação. Claudinei deixou a presidência da Câmara para assumir temporariamente a Prefeitura após a cassação da prefeita Margareth de Souza Rodrigues e do vice, Bruno Silva de Souza, por crime eleitoral.

“Fica evidente que, caso o impetrante pudesse acumular as funções de prefeito municipal e vereador, o município de Italva estaria prestes a inaugurar no país um sistema quase parlamentarista de governo. O requerente encontra-se neste momento no exercício de um dever decorrente de seu mandato de vereador e da função ocupada na presidência da Câmara. Caso efetivamente tivesse o interesse em participar da mencionada votação, poderia exercer seu arbítrio e renunciar à presidência da Câmara”, pontuou o magistrado em sua decisão, destacando que “não há razão para convocação do prefeito em exercício para participar de votação na Câmara”.

Prevista na Lei Orgânica do município para ocorrer na primeira quinzena de dezembro no ano que antecede o novo biênio, a eleição da mesa diretora da Câmara de Italva acabou virando caso de polícia quando o vereador Alcirley de Campos Lima  registrou uma queixa crime para que fosse apurado um suposto esquema de compra de votos na eleição interna, encaminhando o mesmo documento ao Ministério Público, narrando que ele e os vereadores Jocimar Machado Soares, Anivaldo Santos Andrade, José Nilton da Silva Santos e Antônio Elias Figueiredo firmaram uma aliança com vistas a formação de uma chapa para compor a Mesa Diretora para o biênio 2019-2020 em outubro e desde então “iniciou-se uma série de especulações no meio social de que haveria uma intensa oferta de altos valores de dinheiro” para que o atual presidente (Claudinei, agora afastado) permanecesse no cargo.

 

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