Justiça manda ex-prefeito de Resende para o “chuveiro” antes de o jogo começar: Silvio de Carvalho pega três anos de inelegibilidade

Sem mandato eletivo desde 2008, quando perdeu por cerca de mil votos a tentativa de se reeleger prefeito de Resende durante o pleito eleitoral daquele ano, o ex-prefeito Silvio de Carvalho deverá permanecer por mais três anos, pelo menos,  fora das “partidas eleitorais”. É o que decidiu por unanimidade os desembargadores da 11ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro ao suspender os direitos políticos de Silvinho, como é conhecido na cidade do Sul Fluminense.  O gancho, que também proíbe o ex-prefeito de celebrar contratos com o serviço público por três anos, está sendo considerado um balde de água fria já que o ex-prefeito teria pretensões de se candidatar a vereador em 2020, segundo as rodas de conversa da cidade.

As “faltas duras” cometidas por Silvinho entre 2005 e 2008, período em que administrou o município, acabaram levando o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP RJ) a denunciar o moço por improbidade administrativa. Segundo a Promotoria, o moço, que é filho do ex-prefeito e ex-deputado Noel de Carvalho, teria contratado cerca de mil funcionários de forma irregular. Além de inelegível, o ex-prefeito também foi condenado a pagar uma multa equivalente a dez vezes o total das remunerações.

Outro processo –  Em setembro de 2013 Silvio foi denunciado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público Estadual por ter contrato, sem licitação, o Instituto de Desenvolvimento Gerencial (INDG). Além do ex-prefeito foram denunciados Ricardo Rabelo Macedo (ex-procurador geral do município), Ronaldo Freitas Ramos (ex-procurador adjunto), João Paulo dos Santos (ex-controlador-geral) e o engenheiro Vicenti Falconi Campos, representante da INDG.

De acordo com o que foi apurado pelo MP, a empresa de consultoria em gestão empresarial foi contratada em dezembro de 2005, pelo valor total de R$ 234.470,00, mesmo com a concorrência da Fundação de Apoio à Pesquisa e Extensão da Unisul (Faepesul), que apresentou proposta de preços a pedido dos denunciados, e com a existência de outras fornecedoras capazes de prestar o mesmo serviço.

Matéria relacionada:

MP denuncia ex-prefeito por contratação ilegal

Envie seu comentário:

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *.