PRTB de Mourão pode ocupar mais espaço nas eleições de 2020 que o PSL da família Bolsonaro no Rio

O jeito marrento dos integrantes das bancadas do PSL na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e na Câmara dos Deputados – ainda embalados no ritmo da campanha e sustentando o mesmo discurso do nós contra eles – e a cara de mau que costumam fazer diante das câmeras podem devolver ao PSL a naniquez de antes, enquanto o PRTB poderá experimentar o crescimento em vários municípios fluminenses, graças ao jogo de cintura com qual se apresenta a sua maior estrela, o general Hamilton Mourão, que durante a disputa eleitoral de 2018 se mostrava fechado e hoje aparece montado no diálogo, mostrando-se mais político que o presidente, embora Bolsonaro tenha passado 28 anos no Congresso Nacional.

O vice-presidente da República é a voz que une, que tenta consertar as louças quebradas pelo presidente elefante. Na Baixada Fluminense, por exemplo, a corrida em busca de espaço no PSL da família Bolsonaro empacou, e lideranças da região anseiam por uma visita de Mourão, que já anunciou que está a disposição do PRTB para trabalhar pelos candidatos do partido nas eleições municipais, “desde que se tomem os devidos cuidados para evitar danos à sua biografia”.

A primeira derrota – No mês passado o PSL fez o primeiro teste nas urnas depois de eleger o presidente e grandes bancadas em vários estados. Apresentou-se para disputar a eleição suplementar de Iguaba Grande, na Região dos Lagos, e levou pau, apesar do mesmo discurso ideológico de extrema direita, da camisa amarela e da cara amarrada.

O partido escolheu dois militares da Marinha para disputar a para a Prefeitura de Iguaba, adotou a frase “missão dada é missão cumprida” como slogan, usou a imagem do presidente em todo o material de campanha, mas Washington Tahim foi batido com facilidade pelo vereador Vantoil Martins, que ainda derrotou Rodolfo Pedrosa Filho, Miqueias Mattos e Jefferson Ferreira.

Sem explicar como pretende fazer isso, o PSL acha que consegue eleger pelo menos três prefeitos na Baixada Fluminense. O problema é que seus deputados não ajudam em nada a região, uma vez que passam o tempo atacando quem pensa diferente, com rara exceção, como a da deputada Alana Passos, que propôs a construção de uma escola militar em Queimados – cidade onde nasceu – e tem brigado contra a precariedade do setor de saúde do município.

(Foto:Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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